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Posts Tagged ‘ônibus’

Quase um ano depois da misteriosa licitação de todas as linhas de ônibus da cidade – sem qualquer transparência ou informação minimamente qualificada para a população sobre o que de fato mudaria no sistema – vemos que quase nada se alterou. Foram licitadas mais de 400 linhas, divididas em quatro grandes regiões, atingindo todo o território do município.

O Centro do Rio ficou de fora por ser considerado área de operação comum. A princípio, uma mudança perceptível foi a implantação do bilhete único municipal que permitiu um primeiro nível de integração tarifária entre as diferentes linhas e um breve “respiro” para milhões de usuários que dependem de mais de uma condução nos seus deslocamentos diários. Mas isso é muito pouco.

A qualidade do serviço ainda é precária. Bairros inteiros da cidade continuam sem linhas para atendê-los nas mínimas necessidades de locomoção da sua
população. Mas várias mudanças para pior já foram sentidas. Temos recebido denúncias de que algumas linhas tiveram diminuição da frota, levando a um grande aumento no tempo de espera e a uma maior lotação nos coletivos mesmo fora dos horários de pico. Houve mudança na numeração de algumas linhas sem qualquer aviso prévio aos usuários, o que leva a transtornos diversos.

Uma reclamação frequente diz respeito ao novo padrão visual dos carros. Uma das poucas marcas positivas que o sistema de ônibus carioca possuía em relação a outras grandes cidades do país era a identidade visual das empresas, com padrão de pintura dos veículos diferenciado. Isso facilitava muito a identificação dos ônibus à distância, principalmente, para pessoas com alguma dificuldade de visão ou de leitura dos letreiros, nem sempre tão legíveis.

Com a padronização imposta pela prefeitura, os ônibus estão sendo pintados no mesmo padrão de cor de acordo com sua região. Todos estão passando a ter a mesma cara sem nenhuma melhoria significativa nos seus letreiros.

Assim, por exemplo, uma pessoa no Méier que quer pegar um ônibus para a Ilha do Governador corre o risco de confundir-se e tomar um coletivo em direção à Tijuca, pois os carros estão todos com a mesma “cara”. No escuro, então, fica ainda mais difícil distinguir a linha. Com o novo padrão de iluminação pública baseado nas lâmpadas a vapor de sódio, amareladas e menos potentes, os ônibus
ficam totalmente descaracterizados e, em velocidade, muitas vezes não conseguem ser identificados a tempo por pessoas de idade ou com alguma dificuldade de visão.

Trata-se de um problema que, infelizmente, teremos que enfrentar ao longo de
muito tempo. Afinal, os contratos assinados com as operadoras dos quatro consórcios têm um prazo de 20 anos; pelo menos duas décadas se este tempo não for prorrogado após negociações obtusas e nada transparentes entre o poder público e os empresários do ramo.

Vale lembrar ainda que em maio do ano passado, logo após o lançamento do edital da prefeitura, encaminhamos um requerimento de informações à secretaria municipal de Transportes. Jamais foi respondido. Essa é a transparência com que são tratados os usuários de transporte público do Rio de Janeiro.

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Opine

A temperatura máxima na cidade ontem foi de 40,7 em Santa Cruz.  E, de acordo com a previsão metereológica, o calor não arrefece hoje.  Dentro dos ônibus, a sensação térmica é ainda pior.

Em cidades onde a inverno é rigoroso, todos os coletivos contam com aquecimento. Aqui, onde temos um  verão com dias de calor infernal, apenas 86% da frota carioca conta com ar-condicionado .

A justificativa da secretaria de Transportes é que a licitação do sistema de transporte municipal não comportou carros com ar-condicionado porque as empresas de ônibus não contam com subsídio da prefeitura, ou seja, não recebem  um complemento do valor da tarifa cobrada.

Vale lembrar que o preço da passagem aumentou quando foi introduzido o bilhete único.  Vale destacar também que 10% do valor de cada composição do Metrô  é referente  ao custo do ar-condicionado.

Opine. É aceitável  esta desculpa da secretária municipal de Transportes?  É aceitável que os usuários tenham que atravessar os meses de Verão suando dentro dos ônibus?

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Não precisamos de muitos dias para constatar, na prática, que o bilhete único carioca, com validade de duas horas, não tem valor para quem vem de longe. Uma viagem de Santa Cruz até a Central chega a consumir quase três horas. Porque engarrafamento na Avenida Brasil é diário. É líquido e certo.

Como pode o prefeito sugerir mudança no comportamento dos usuários – que segundo ele deveriam descer antes de chegar ao Centro – ao invés de propor mudanças no sistema? Está evidente que o intervalo de duas horas prejudica o passageiro que parte de um ponto distante em direção ao Centro do Rio para dali pegar outro ônibus rumo à Zona Sul ou à outras áreas da cidade. Em alguns casos, o ponto de partida para a segunda viagem é obrigatoriamente na Leopoldina ou na Central. Mesmo que fosse viável a estratégia de saltar no meio do caminho, a proposta chega a ser desconcertante.

Por que é tão difícil, quase impraticável, que autoridades públicas revejam suas decisões, aceitem críticas e corrijam ações equivocadas? Por que não é aceitável aumentar a validade do bilhete em apenas uma hora? Por que o bilhete único carioca não engloba também trens e Metrô? A lógica parece a da ineficiência e a da menor abrangência do benefício.

Há quem acuse a prefeitura de estar favorecendo o cartel das empresas de ônibus. Não vamos aqui fazer acusações. Mas queremos uma resposta: por que não melhorar o bilhete único, fazendo com que este atenda às demandas da maioria dos usuários? Só em Santa Cruz, residem 192 mil moradores…A quem serve o BUC?

Se você ainda não opinou, por que não opina agora? Opine: bilhete único carioca.

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Opine: poluição

Muitos ônibus soltam fumaça negra em nossa cidade. Mesmo aqueles que não deixam isso evidente possuem alta capacidade poluidora. Pesquisa da Coppe/UFRJ verificou que o transporte rodoviário é o que mais polui o meio ambiente.

Computando todos os meios de transporte, foram emitidos 5.478 gigagramas de gás carbônico (CO2) em um ano. Cada gigagrama corresponde a mil toneladas de gás carbônico. Pois carros, motos e ônibus foram responsáveis por expelir 80% do total de gigagramas que poluiu a cidade.

O Dia Mundial Sem Carro mostrou que estamos longe de ser uma cidade onde a bicicleta é um meio de transporte que substitui o carro. A grande massa de trabalhadores depende dos ônibus enquanto trens e Metrô poderiam atender a um número muito maior de moradores.

Opine: o que deve ser feito para reduzir o nível de poluição causada pelos veículos motores?

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Enquete

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Esta semana, a UFRJ apresentou o ônibus movido a hidrogênio – um coletivo que não polui o ambiente. É o primeiro veículo deste tipo desenvolvido com tecnologia nacional pelo Instituto de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).

Esse é o primeiro de uma série de três ônibus desenvolvidos pelo Laboratório de Hidrogênio da Coppe. A próxima novidade é um ônibus híbrido, movido a álcool e eletricidade, e, em seguida, outro modelo exclusivamente elétrico. Coletivos movidos com combustíveis alternativos são uma excelente opção em uma cidade onde a massa da população se locomove em ônibus.

Por que a prefeitura não aproveita a licitação para linhas de ônibus e exige que as empresas comecem a adotar, em suas frotas, ônibus movido a hidrogênio que emite 0 gás no meio ambiente?

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Há exatamente um ano atrás, entreguei ao secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, um extenso relatório com propostas objetivas, resultado de análises técnicas, debates públicos e diálogos com diversos setores, de usuários a especialistas acadêmicos, de gestores públicos a operadores. A intenção clara do mandato era contribuir, de fato, com uma mudança no sistema de transporte da cidade que sabemos ser necessária e urgente.

Ao longo de mais de dez anos de trabalho parlamentar, minha equipe estuda soluções para este setor. Há muito constatamos que o grande problema do atual sistema é de gestão. É mister estabelecer outro marco regulatório e realizar licitações efetivas, com planejamento e avaliação do sistema por parte do poder público municipal. E acredito que, por sua legitimidade e responsabilidade, o Ministério Público reúna os atributos para ser intermediário entre prefeitura e Câmara dos Vereadores nesta complexa tarefa de fomentar a verdadeira melhoria no transporte de coletivos que, ora, é direito da população.

Finalmente, a prefeitura anuncia que publicará, no Diário Oficial, o edital para licitação de todos os trajetos de ônibus do município. Nosso grande temor é que o Poder Executivo estabeleça uma concorrência pública em que permaneçam os principais aspectos negativos do sistema vigente. A reestruturação deve ser precedida de um diagnóstico técnico e cientificamente acurado, com a participação ativa e ampliada dos usuários tanto na avaliação das atuais imperfeições do serviço quanto na proposição de soluções para situações locais específicas. Isso tudo está explicitado em nosso relatório.

Porque o mandato sabe que o sistema é deficiente e se constitui um dos problemas cruciais da cidade, apresentamos em 2008 três projetos de lei que, em síntese, buscavam revogar os dispositivos inconstitucionais da Lei Complementar 37/98 – que autoriza as permissões sem licitação – e pretendiam reinstaurar a transparência reestabelecendo concessões de linha através de licitação, com prazo máximo de dez anos, e sem renovação automática. As propostas estabeleciam, em resumo, que motoristas não poderiam atuar como cobradores, que as empresas seriam passíveis de multa em caso de redução de frota ou utilização de coletivos em estado não condizente com o contrato, que o Executivo adotaria tarifas módicas e respeitaria as gratuidades, que usuários teriam ampla informação sobre horários, itinerários e regimes tarifários e acesso à instalações sanitárias em bom estado de conservação.

É fato que as permissões referentes as 836 linhas do município do Rio caíram em irregularidade em agosto de 2008. Há décadas, a regulamentação do setor é determinada por resoluções, portarias e decretos onde o Poder Executivo estabelece novos itinerários, define tarifas e outros detalhes operacionais sem nenhum compromisso com a publicidade, a transparência e a eficiência. Perduram, por exemplo, contradições históricas, como o excesso de ônibus nas linhas que atendem à Zona Sul e a enorme carência do serviço nas Zonas Norte e Oeste.

Lamentavelmente, nossas propostas receberam parecer conjunto contrário de várias comissões da Câmara dos Vereadores e foram arquivadas. Mas o conteúdo dos projetos resume o que definimos, claramente, como o caminho das pedras para que prefeitura e Câmara dos Vereadores ponham em prática um novo modelo de gestão onde impere, de fato, a eficiência no serviço.

Não custa lembrar que os ônibus são a espinha dorsal do sistema de transportes públicos transportando, hoje, 72% do total de seu usuários.

Não custa assinalar que o madato tem um acúmulo de informações, conhecimento e propostas que podem ser úteis e valiosas.

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Se você já esteve envolvido em alguma situação de risco ou acidente, deixe aqui seu relato.

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O passageiro tem medo

Os fatos estão aí para comprovar: andar de ônibus na cidade do Rio de Janeiro é, hoje, motivo de medo. Mais um acidente envolvendo um coletivo aconteceu, ontem, na Barra da Tijuca. O ônibus da linha 702 (Rio das Pedras-Recreio) subiu na calçada da Avenida Ayrton Senna e atropelou quatro pessoas. A auxiliar de enfermagem Maria Lucia Lourenço morreu a caminho do hospital. Levantamento recente da CET Rio mostrou que acontecem mais acidentes com ônibus do que com carros de passeio, considerando o tamanho das duas frotas – 27,3% de um total de 1279 ocorrências envolveram coletivos. As infrações cometidas por estes motoristas aumentaram em 21% no primeiro semestre. E, em se tratando de atrapalhar o trânsito, os ônibus são campeões: 54% dos veículos enguiçados entre janeiro e julho eram coletivos.

Aproveito para publicar novamente a enquete que quer saber: você está com medo de andar de ônibus? Mande relatos sobre situações de risco que sofreu como usuário.

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Enquete

Aproveite para relatar situações de risco que você já viveu dentro de coletivos no Rio de Janeiro.

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